Mamã, dói-me a barriga! - Catita illustrations

Mamã, dói-me a barriga!

Aumento de ansiedade em crianças pequenas; importância de educar para "sentir" e lidar com frustração; quando é necessário procurar ajuda especializada?

Às vezes (muitas!) dou por mim a olhar para trás e a voltar à infância... Vou lidando, nos últimos anos, na clínica, com um aumento significativo de crianças pequenas que apresentam sintomas de ansiedade. Isto no 1° ciclo. Felizmente, ou não, são maioritariamente casos de situações em que é "normal" ficar-se nervoso (só é considerado um problema, quando há uma série de sintomas identificados e quando causa dano na vida da criança).

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Nestas situações em que é "normal" ficar-se nervoso, reparo na necessidade de educarmos, apoiarmos os nossos filhos, a serem mais independentes e a reagirem melhor à frustração.

Daí lembrar-me do passado.

Julgo que era esta a grande diferença. Não que não existisse ansiedade na infância, não é isso que quero dizer, mas as crianças "no meu tempo" tinham mais liberdade, eram mais"livres", com menos atividades curriculares e mais oportunidades para aprenderem a ser felizes com as coisas simples da vida.

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Nas outras situações, as situações em que realmente há um diagnóstico para Perturbação de Ansiedade, é muito importante procurar ajuda especializada; não desvalorizar (nunca!) o que a Criança está a sentir e a transmitir; mostrar que é normal SENTIRMOS e não ter vergonha disso; explicar à criança o que está a acontecer (dependendo da idade) e podemos fazer meditação ou exercícios de respiração, como por exemplo:

Sentar a criança no colo e colocar uma vela acesa em cima de uma mesa, a uma distância que seja segura e que impeça a criança de a conseguir agarrar. Pedir para a criança encher os pulmões de ar e soprar com força para tentar apagar a vela.

Após algumas respirações,"dar uma ajuda", para que ela consiga apagar a vela.

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NOTA IMPORTANTE - enquanto pai ou mãe, estás a dar o teu melhor. A maternidade/ paternidade é uma aprendizagem que nunca termina. Nem quando os nossos filhos tiverem 50 anos. Então, vamos só simplificar. Tentar também nós, adultos, aprender a lidar com as nossas próprias questões de Saúde emocional/ psicológica.

Um facto interessante é que a maioria dos pais que procura ajuda para lidar com a ansiedade dos filhos, refere sempre:

"Eu também sofro muito com a ansiedade!" Curioso, não é?

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 Ana Oliveira

CEO da Clínica The Psychological Effect, Psicóloga Clínica com 18 anos de experiência profissional e minha amiga ♥

ilustrações daqui (clica na imagem para comprar):

 

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